Realidade virtual – Velha novidade

Autor: Telium Networks
Publicação: 25/02/2022 às 11:00

Realidade virtual é um tema que está em alta, com diversas novas tecnologias e especulações por todo canto. O que muita gente não sabe é que todo esse universo virtual não é tão novo quanto parece e nós já estamos tentando entrar nele há um bom tempo.

A origem da realidade virtual

A ideia de um mundo virtual parece algo da ficção científica, um conceito muito atual ao qual somente agora começamos a desbravar. Na verdade, não só a ideia, como as primeiras invenções começam lá em 1835 com o primeiro “Oculus”, inventado por Charles Wheatstone.

O aparelho consistia em lentes e um suporte frontal para colocar imagens que ao serem observadas causavam um efeito tridimensional para o usuário.

Claro, o aparelho era bem simples, mas para a época não estava nada mal.

Em 1935, Stanley Weinbaum lançaria o livro “Os óculos de pigmalião”, que descrevia um par de óculos capaz de gerar um mundo virtual com hologramas, sons e cheiros. Esta seria a primeira descrição “realista” da ideia de uma realidade virtual.

Nos anos 1960, com a febre dos videogames, o Sensorama trazia uma combinação de cadeira que se mexia, óculos com visor e odores para criar uma grande experiência de imersão.

Na mesma época tivemos ainda o Headsight, criado pela Philco, que utilizava o estímulo visual para reconhecimento de objetos, projeto utilizado até mesmo pelos militares e a “Espada de Demócles”, sendo o primeiro headset funcional do mundo, que trouxe a ideia de interação virtual com um mundo gerado completamente por computador.

Em meados de 1980 a NASA criou seu próprio projeto de realidade virtual, contando com óculos, luvas e até mesmo roupas completas para treinar e medir desempenho de tripulantes.

A era dos videogames

Nos anos 90 a indústria dos videogames arriscou no mercado de realidade virtual, porém, os projetos não foram muito bem sucedidos. Por exemplo, a Sega anunciou um headset para o Mega Drive que, infelizmente, nunca chegou às prateleiras e a Nintendo apresentou ao mercado o Virtual Boy, provavelmente um dos maiores fracassos na história dos videogames.

Nos cinemas

Nessa mesma época, a indústria cinematográfica lançava, em 1999, uma das maiores franquias de todos os tempos, o clássico “Matrix”, que contaria com mais três sequências, duas em 2003 e a quarta em 2021.

2000 – Atualmente

Após os anos 2000, a tecnologia começou realmente a avançar e em 2016 os óculos de realidade virtual vieram ao mercado com a “Oculus Rift” e diversos outros acessórios de várias marcas começaram a tomar as lojas, dos mais simples, utilizando smartphones como tela aos mais avançados modelos atuais como o “Oculus Quest 2”.

O Facebook também já ganhou muita notoriedade no setor ao anunciar o “Metaverso”, um universo montado em realidade virtual visando interações bem realistas entre os usuários, abrangendo tanto o lado comercial quanto social. Você pode encontrar um pouco mais sobre isso no artigo que fizemos sobre o metaverso, clicando aqui.

Atualmente – futuramente

Enquanto as coisas que podemos fazer com a realidade virtual hoje são impressionantes, as perspectivas para o futuro são bem animadoras.

Além dos universos virtuais, existem vários projetos em diversas áreas que estão utilizando da tecnologia. Na medicina, existem projetos de conectar realidade virtual e robôs para realizar cirurgias remotas com maior precisão do que já possível hoje, engenheiros já estão utilizando a opção para testar estruturas e projetos antes de aplicá-los no mundo real e desenvolvedores já vislumbram novas possibilidades esportivas.

Ficção x Realidade

No lado mais extremo temos as ideias que vêm direto da ficção científica, como tecnologias de imersão total como postulado no romance “Neuromancer” do William Gibson e posteriormente ilustrado nas telas de cinema pelo filme “Matrix”. Claro, ao invés de um futuro distópico, a tecnologia é vislumbrada para servir aos nossos interesses.

Há também teóricos que contemplam a possibilidade de fazermos “uploads” de nossas mentes em computadores para viver quase eternamente em mundos virtuais.

O quão longe iremos chegar, só o tempo dirá.