Como garantir uma virtualização de servidores bem sucedida?
Autor: Telium Networks
Publicação: 14/09/2018 às 02:32
Uma das tecnologias mais populares no momento é a virtualização de servidores. Ela permite criar uma versão virtual do equipamento e, assim, dividir os recursos de um dispositivo físico entre várias máquinas virtuais. Com essa técnica vários sistemas operacionais, isolados entre si, são executados em um único hardware físico.
A partir disso, é possível simular hardwares diferentes em um único equipamento. Além de diminuir gastos e evitar a expansão desordenada de servidores físicos, a tecnologia ajuda a liberar espaço físico na empresa, aumenta a flexibilidade e melhora a recuperação de desastres.
Essa técnica é usada desde quando os mainframes simulavam terminais virtuais para que os clientes usassem seus recursos remotamente. Atualmente, a computação em nuvem usa servidores virtuais para formar redes distribuídas para cada serviço a ser executado.
No post de hoje você vai entender como esse procedimento é feito, como o sistema funciona e como ter uma implantação bem-sucedida.
Como funciona
A virtualização oferece benefícios reais e mensuráveis para empresas de qualquer porte: da redução de custos à melhoria na agilidade da equipe de Tecnologia da Informação (TI), passando pela economia de energia e pelo aperfeiçoamento das capacidades sustentáveis da organização e da estrutura do ambiente.
Além disso, ela permite automatizar processos e facilita o gerenciamento, racionalizando o uso de recursos e calculando a necessidade de cada usuário. Com a virtualização, é possível centralizar tarefas administrativas, ganhar escalabilidade e responder rapidamente às necessidades do negócio.
O processo é feito usando um software específico — o hypervisor —, que permite executar diversas instâncias de sistemas operacionais ao mesmo tempo, aumentando a capacidade de processamento do sistema.
Como fazer
Um servidor físico vem com CPU, memória, discos, conexões de rede e conexões a Storage Area Network (SAN). Em geral, são máquinas poderosas que têm mais recursos do que os softwares são projetados para usar — ou seja, parte deles fica ociosa.
A execução de um ou mais servidores virtuais sobre um único dispositivo físico aumenta a densidade de uso de recursos enquanto mantém o isolamento e a segurança do processo. Quanto menos espaço e memória o hypervisor ocupar, mais recursos ficam disponíveis para as máquinas virtuais e menores são as chances de problemas de código e de paradas para manutenção.
Cada máquina virtual tem características próprias, com os discos guardados dentro do sistema operacional do hypervisor, e a CPU e a memória alocadas sob demanda. Elas trabalham independentemente e apresentam desempenho parecido com o de uma máquina física.
Máquinas virtuais
As máquinas virtuais são ambientes isolados, capazes de executar aplicativos e sistemas operacionais usando placa de rede, CPU, memória e outros elementos de hardware — com a diferença de que todos são formados por software. Simples e compactas, podem ser movidas e copiadas para outro local.
Suas capacidades podem ser definidas de acordo com a necessidade. Ou seja, uma pode ter mais memória, outra mais processador e outra mais espaço em disco. Além disso, é possível dividir o tráfego de acordo com as características da máquina virtual.
Cada uma delas pode ter um sistema operacional diferente, que fica isolado dos demais e tem acesso apenas aos recursos dedicados a ele. O hypervisor é o responsável por fazer essa divisão e permite até que alguns elementos sejam alocados em maior quantidade do que existe fisicamente.
Um servidor com 10GB de memória, por exemplo, pode ter várias máquinas virtuais com 2GB de memória cada (mesmo que o total ultrapasse os 10GB), desde que os recursos não sejam usados ao mesmo tempo. Quando houver disputa, o hypervisor administra as prioridades de uso.
SAN
As máquinas virtuais ficam armazenadas em uma SAN, um local de armazenamento que é compartilhado entre os servidores. A SAN agrega discos no mesmo local, o que facilita o gerenciamento, possibilita distribuir o desempenho uniformemente e permite definir prioridades.
Se precisar aumentar a quantidade ou a capacidade de máquinas virtuais ou de locais de armazenamento, basta adicionar mais servidores ou dispositivos de armazenamento. Caso um servidor quebre, as máquinas virtuais podem ser passadas para outro — às vezes automaticamente, sem intervenção humana.
Passo a passo da virtualização de servidores
Antes de começar o processo, é fundamental se organizar, para que a virtualização de servidores seja bem-sucedida. Veja, a seguir, como se preparar para fazê-la.
Planejamento
Ter um bom planejamento é fundamental para a execução de qualquer projeto. No caso da virtualização de servidores, é interessante que ela seja parte de um plano mais amplo de TI, em que toda a infraestrutura seja futuramente virtualizada.
Memória
Um dos recursos mais importantes do servidor é a memória — combinada com o processador. Ter memória disponível é essencial para que as aplicações funcionem sem dificuldades. Assim, é melhor dotar o sistema com mais memória do que a necessidade atual da companhia para usar em caso de emergência.
Desempenho
O desempenho do sistema atual (velocidade e capacidade dos recursos) e o uso dos seus elementos devem ser medidos para que a virtualização seja feita de forma a trazer melhorias.
Cronograma
É essencial ter um cronograma que ajude a guiar a execução dos trabalhos e evitar o aumento dos custos de operações — a ideia é levar em consideração as necessidades da equipe e o suporte necessário.
Transição
Durante a transição, é essencial prestar atenção ao desempenho do servidor virtual, do provedor físico e do armazenamento. Assim, possíveis problemas podem ser identificados antes que aconteçam.
Benefícios
A virtualização transforma ambientes físicos complexos em simplificados e fáceis de gerenciar, já que permite simular aplicativos, ferramentas e outros recursos. Confira, a seguir, alguns dos principais benefícios que esse processo traz:
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redução de custos com hardware: quando são necessários mais de um servidor para executar os sistemas, a redução de custos de aquisição de hardware é automática, assim como o investimento em licenças de software;
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computação em nuvem: a migração de máquinas virtuais para a nuvem ocorre sem dificuldades;
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provisionamento e desenvolvimento mais rápido dos servidores: o provisionamento de um servidor pode ser feito em poucos minutos, já que basta escolher um template e implementar;
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recuperação de desastres melhorado e agilizado: servidores virtuais têm proteção contra falha física; em caso de pane, é possível restaurar a máquina virtual rapidamente em outro servidor físico;
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corte de gastos com energia: com múltiplas aplicações sendo executadas no mesmo servidor, a energia elétrica necessária é menor;
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maior produtividade: a automação de tarefas de TI garante maior agilidade e aumenta a produtividade da equipe;
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redução de paradas: além de reduzir as paradas no ambiente de produção, previne a perda de dados;
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automação e gerenciamento: o gerenciamento de máquinas virtuais é amigável e intuitivo;
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sustentabilidade: com menos servidores para serem descartados, há menos materiais tóxicos poluindo o meio ambiente;
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infraestrutura: o uso de recursos fica otimizado, diminuindo o custo operacional e melhorando o retorno.
Fica fácil perceber que a virtualização é uma necessidade no mundo corporativo, principalmente em uma era em que a busca por modos mais eficientes de lidar com dados, informações e processos é essencial para manter a competitividade. Trata-se de uma tecnologia que ajuda a empresa a crescer.
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