Cidades inteligentes e os desafios de conectividade
Autor: Telium Networks
Publicação: 14/09/2018 às 03:01
A transformação digital e as novas tecnologias têm nos trazido um conceito muito discutido atualmente, o das cidades inteligentes. Mas você sabe o que é preciso para que um espaço possa ser reconhecido dessa forma? Os desafios de conectividade são vários.
Não basta apenas que seja disponibilizada uma conexão Wi-Fi no meio público para que possamos considerar esse local uma cidade inteligente — são muitas as variáveis envolvidas.
Neste post, reunimos algumas informações interessantes para mostrar para você o real conceito de cidades inteligentes e os principais desafios de conectividade para alcançar esse objetivo. Confira!
O problema
Estamos vivendo um boom populacional impulsionado pelos meios de produção cada vez melhores. Já passamos de 7 bilhões de habitantes no planeta e esse número tende a aumentar nos próximos anos.
Imagine o impacto desse crescimento no local onde você vive. As grandes cidades já sofrem com engarrafamentos constantes, filas em todos os locais e outras consequências da superpopulação dos espaços.
Com o tempo, as pequenas cidades também vão crescer, maximizando os desafios existentes apenas nos grandes centros e tornando determinadas atividades, como dirigir até o trabalho, um grande desafio.
Com um número maior de pessoas coexistindo nos espaços urbanos, também haverá um aumento significativo na demanda por recursos, como energia elétrica e água. Esses são os desafios do futuro.
A solução ─ cidades inteligentes
Para poder lidar com todos os problemas ligados ao aumento da população vivendo nas cidades é preciso investir em organização, otimização e redução de recursos.
Uma saída é agregar a tecnologia aos serviços públicos existentes. Esse é o conceito de Smart City, a cidade inteligente. Essa proposta fica cada vez mais próxima graças ao crescimento e desenvolvimento da IoT, a internet das coisas.
Podemos observar que, para evitar um futuro distópico, no qual o meio público perca o controle e tenha início uma guerra urbana por recursos, é preciso reconstruir o conceito de cidade por meio da tecnologia.
No entanto, diferentemente do que muitas pessoas pensam, o termo Smart City vai muito mais além que a disponibilização de pontos de Wi-Fi grátis em determinados ambientes públicos, como praças e prédios do governo.
O principal objetivo é repensar como a cidade funciona, buscando soluções de forma integrada por meio da aplicação de ferramentas tecnológicas para evitar situações como o desperdício de recursos, tempo e dinheiro público.
O que se necessita nesse caso é de maior conectividade entre os habitantes da cidade, os equipamentos que nela funcionam e até mesmo entre outros locais — tudo isso de forma simples, rápida e segura.
O principal objetivo da implantação de uma cidade inteligente é otimizar a capacidade de gestão geral sobre todos os aspectos do espaço público. Também melhorar significativamente a qualidade de vida dos que nela habitam com o auxílio das novas tecnologias, sobretudo a IoT.
Cidades inteligentes da atualidade
Já temos diversos exemplos ao redor do mundo de iniciativas em busca do conceito de cidade inteligente. Aqui mesmo, na América Latina, já podemos visualizar movimentos nessa direção.
O The Wall Street Journal em parceria com o Urban Land Institute premiou em 2013 a cidade colombiana de Medellín com o título de “cidade mais inovadora do planeta”.
Ela recebeu esse conceito por ser considerada como uma das pioneiras na busca pela transformação dos espaços públicos com o auxílio das tecnologias. O governo local investiu na busca pela melhora do dia a dia de seus habitantes e aumento da qualidade de vida com algumas iniciativas inteligentes.
Entre elas podemos citar a instalação de escadas rolantes em determinados pontos elevados da cidade e a utilização dos conceitos de telemedicina para atender pacientes que vivem no interior, evitando deslocamentos excessivos.
Essas iniciativas deram à cidade de Medellín não apenas um título como referência de inovação, mas também mais recursos para continuar expandindo o projeto de modernização do ambiente público.
Hoje, as principais iniciativas estão nas áreas de mobilidade urbana, conservação do espaço público e meio ambiente e na busca por mais segurança dentro da cidade.
IoT
Uma das principais tecnologias que vem facilitando a aplicação dos conceitos de cidade inteligente é a IoT. A Internet das Coisas não é uma novidade, e muito já se falou sobre esse conceito, no entanto, ele ainda não está bem difundido e suas aplicações ainda estão limitadas.
Podemos conceituar a IoT como a possibilidade de criação de dispositivos inteligentes e conectados à internet, possibilitando não apenas uma comunicação direta entre o aparelho e seu operador, mas também entre equipamentos.
Por exemplo, no âmbito de uma cidade inteligente, podemos ter semáforos que interagem e liberam a circulação do trânsito de acordo com o número de veículos em cada direção.
É possível também que eles fechem o trânsito automaticamente ao visualizar a aproximação de uma ambulância ou viatura da polícia em prioridade. Esse é apenas um pequeno exemplo de como a IoT tem um papel fundamental para as Smart Cities. Contudo, ainda existe um grande desafio a ser enfrentado. A conectividade.
Conectividade
Hoje, um dos principais obstáculos para a implantação de cidades inteligentes é a falta de conectividade, o que impede que se usem dispositivos autônomos baseados em IoT para determinadas funções no espaço público.
O grande problema da implantação das cidades inteligentes é a falta de capacidade das redes utilizadas hoje na maioria dos espaços públicos, ainda focadas em comunicação por voz e incapazes de realizar o tráfego de dados.
O ideal é a utilização de banda larga wireless, que pode ser a solução para descomplicar os problemas enfrentados com a rede atual, sem a necessidade de cabear uma nova estrutura por todo o ambiente.
A tecnologia mais avançada em conectividade 4G hoje é a LTE (Long Term Evolution, em português Evolução de Longo Prazo), que oferta baixa latência com alta largura de banda. Com isso é capaz de suportar muitos serviços, inclusive o envio de imagens e vídeos, algo comum para os dispositivos das cidades inteligentes para a tomada de decisão dos controladores.
Como alternativa para a falta de uma rede dedicada móvel de banda larga e alta conectividade, as cidades acabam por utilizar três modelos distintos com bem menos potencial:
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rede de banda estreita ─ fraca em transmissão de imagens e informações;
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redes Wi-Fi ─ pequeno alcance;
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rede de transmissão de vídeo ─ sem suporte para alta resolução.
Cada uma dessas alternativas acaba por apresentar limitações de conectividade que inviabilizam a sua utilização, tornando-as inadequadas para a conexão com os dispositivos de IoT e impedindo a criação do ambiente de Smart City.
É visível a importância de uma rede de banda larga móvel para que se possa desenvolver tecnologicamente o meio urbano com características de interoperabilidade, robustez, confiabilidade e flexibilidade. A LTE é a melhor opção hoje para a criação das cidades inteligentes.
A conectividade é essencial para a criação das Smart Cities e hoje se destaca como um dos maiores desafios para a modernização dos espaços públicos.
Agora que você sabe da importância desse tema, compartilhe o post agora mesmo em todas as suas redes sociais!