5G em São Paulo, o que esperar?
Autor: Telium Networks
Publicação: 08/12/2022 às 11:00
Rodeada de muita expectativa, a espera pela implementação do 5G em São Paulo terminou e, passados 4 meses do começo de sua operação já é possível fazer os primeiros balanços de sua utilização e projetar o que ela ainda pode nos oferecer.
Afinal, o que é o 5G?
A tecnologia 5G é a tecnologia de rede de telefonia móvel sucessora da 4G, que por sua vez foi antecedida pela 3G, lógica que vem sendo seguida desde as redes 1G.
O que diferencia as novas redes 5G das tecnologias anteriores é que as faixas no 5G permitem que o fluxo de transmissão de dados seja direcionado por uma via exclusiva, o que melhora a qualidade das conexões.
A lógica por trás dessa melhoria é que os aparelhos que conseguem usufruir dessa nova velocidade de transmissão consigam explorar esse potencial em uma faixa única. Para isso, entretanto, é necessário que a infraestrutura de antenas provedoras dessa rede sejam instaladas de maneira uniforme, ou ao menos suficiente, em todo território nacional.
5G puro
O primeiro 5G puro do país começou a funcionar em Brasília, um mês antes do que em São Paulo, que foi a quinta cidade a receber as redes, depois de Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa, além da própria capital federal. O 5G ser puro significa que não há compartilhamento da faixa de transmissão com o 4G, diminuindo a qualidade do serviço ofertado.
São dois tipos de conexões 5G ofertadas que se utilizam do compartilhamento da faixa de transmissão do 4G o 5G DSS, considerada uma tecnologia de transição, e o 5G NSA – non Stand Alone – que oferece uma internet muito rápida, mas sem a baixa latência característica do 5G puro.
Com a faixa exclusiva do 5G, o 5G puro alia o aumento da velocidade à baixa latência, dando condições para que os usuários assistam séries e filmes sem interrupções e operem uma infinidade de aparelhos, até em ambientes industriais, conceito conhecido como internet das coisas.
O que já aconteceu
Na primeira fase de implementação do 5G em São Paulo, a estimativa é de que seria necessária a ativação de 462 antenas para possibilitar a operação das redes.
Os pedidos de licenciamento, porém, superaram as expectativas, atingindo quase o triplo desse número e abrangendo uma cobertura de cerca de 25% da área urbana do município, sendo atendidas com maior ênfase nessa primeira etapa as regiões do Centro, Avenida Paulista e Itaim Bibi.
O que irá melhorar
A falta de uma cobertura uniforme é ainda um dos principais obstáculos para que toda a população consiga acessar o potencial das novas redes 5G. Nesse momento de transição, o que precisa ser superada na experiência dos usuários das redes é a sensação de “troca de faixa” sempre que deixam uma região coberta pelo 5G. Constantemente a velocidade diminui e a latência aumenta com esse ir e vir.
A implementação completa da tecnologia do país carece da instalação de antenas suficientes no território nacional, o que, pelo seu custo e desafios logísticos deve levar ainda alguns anos. Na cidade de São Paulo, por outro lado, espera-se que a cobertura aumente com uma maior velocidade, gradativamente. Aclimação, Mooca e Brás, por exemplo, foram alguns dos bairros que vem seguindo o calendário de instalação depois das regiões pioneiras na capital paulista.